Fora de epoca
Desde que comecei, nnao consegui tirar os olhos do Tête-à-Tête, livro sobre a biografia de Sartre e Simone du Beauvoir. E fico pensando que muita informação preciosa foi guardada através de cartas que mandavam um ao outro e dos seus respectivos diários. Quando nnao estavam na mesma cidade, mandavam cartas um ao outro quase todo dia, sendo motivo de estranhamento a falta delas. Considerando que os dois foram muito importantes para estória do mundo, ler essas cartas, publicadas em livros, proporcona uma visão mais abrangente do que foi a filosofia de Sartre.
Mas hoje em dia, poucas pessoas se escrevem cartas, já que tudo ficou mais fácil. Porém, que graça têm publicar livros com uma troca de e-mails? Mal dá pra saber a veracidade e autori de um e-mail, enquanto uma carta mostra tudo. As palavras recebem a influência da caligrafia, que por sua vez respira o humor nervoso, calmo, triste, feliz. Cartas são fáceis de mandar, mas com a extrema facilidade dos e-mails, acabamos por escrever ainda menos, e junto com a letra, digitada, o texto acaba ficando mais frio e seco, nnao importa a declaração, ela ficaria mais viva em uma carta. Existem também as mensagens de texto, que fazem com que encurtemos uma bela mensagem ao tamanho menor possível, cheio de "vc", "td","q". E o Skype, por mais apenas barateie o custo da ligação, Faz com que fiquemos perto do computador, e corta a emoção daquelas apalvras tão esperadas, do tempo limitado que faz com que cada palavra seja medida e que as coisas mais preciosas sejam ditas.
Será que todos esses meios de comunicação, ao invés de facilitar, dificultam? "Falar constantemente não significa comunicar-se". Será que não estamos falando de demais e comunicando de menos? Veja que o glamour continua com o "telefonema", "recebi uma carta". E o resto perto disso, pense bem, não tem tanta graça. Afinal, não adianta facilitar, se com isso somos nós que complicamos.




4 comentários:
oi marina, vim bisbilhotar teu blog e fiquei pensando depois de ler o texto. esse livro desperta minha atenção há um bom tempo, mas meu dinheiro sempre vai pras coisas erradas. agora, com relação a cartas, só de pensar que a pessoa separou um papel para alguém eu já fico feliz. e a agonia de receber telegramas? ainda existe esse serviço? o medo das más notícias naquele envelope escrito "urgente"... quando eu era pequena sempre recebia telegramas no meu aniversário, curtíssimas palavras que fazem uma falta... boa páscoa, férias, enfim, sei lá... até segunda.
Gostei muito do texto, Marina! Como você disse, o charme mesmo é receber uma carta... e-mails são tão impessoais! E sempre dá a impressão de que a pessoa escreveu na pressa, quase que sem vontade de mandá-lo. Mas uma carta... vemos todo o cuidado, reconhecemos a caligrafia, pequenos gestos e detalhes...
Depois de muito tempo namorando o livro, comprei o "Segundo Sexo" da Beauvoir. E me interesso pelo livro que citou. =D
Beijos
Bianca
Nossa Ma vc ta lendo Sartre e Beauvoir, que inveja !!!!!!
Sabe você tem toda a razão quanto a cartas, eu amo escrever cartas, mesmo para pessoas que vejo todos sos dias, tenho uam caixa de cartas de amigos meus... MAs a pregui e a facilidade do orkut me paralizaram e agora fikei morrendo de vontade de escrever, brigada, vc me lembrou de uma coisa muito importante na minha vida
bjocas
AHHHHHHHHHHHHHHHH Feliz chocolates hehehehe
é meu amor, que saudades daquele tempo em que mandavamos cartas um pro outro todos meses, as veses até duas por semana. era tão bom abrir suas cartas, melhor ainda lelas e relelas, as vezes com um recorte de jornal, as vezes com uma foto ou até mesmo com uma folha seca...era uma felicidade imensuravel.Claro que hoje estando ao seu lado esta muito melhor, mas que falta de te escrever e das suas cartas, que saudades! beijos meu amor.
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