sexta-feira, 14 de setembro de 2007

O Fofão da vida real


Por acaso você já andou pelo Centro de São Paulo e duvidou nos seus próprios olhos quando viu um cara normal igual ao Fofão? A figura é real e ultimamente tenho ficado atordoada com o ser. Trata-se de um traveco à imagem e semelhança do Fofão. Segundo contam, o implante de silicone nas bochechas deu errado. Então, andando na rua nos deparamos com alguém que parece de outro planeta. Na primeira vez que o vi, me perguntei se o Fofão não era afinal, uma aberração real, aproveitada pela tv, mas não. Foi a realidade que imitou a "arte" dessa vez. O homem (?) já é praticamente um ícone, uma lenda urbana e todos que o viram ou sabem da existência dele relatam grande medo e têm estórias que me deixam inquieta e assustada por uma boa meia hora. E então, me pergunto: ele é apenas alguém com um bom coração, amargurado, ou realmente é o bicho-papão que contam? É difícil escrever sem preconceitos sobre algo assustador, mas aparentemente ele não é apenas mais um vítima da cirurgia plástica. O bochechudo se veste de mendigo para pedir dinheiro na rua Caio Prado e região, e consegue arrecadar dinheiro por a pena ou susto dos motoristas. Outra pessoa me contou que já o viu dormindo na Frei Caneca e quando passou de novo ele estava se maquiando. E então seria ele realmente um mendigo? Será que ele ainda consegue arrecadar dinheiro com a profissão de traveco? Será que a maquiagem é pra diminuir ou acentuar suas excentridades faciais? Tenho a sensação de que se o Notícias Populares ainda existisse, o Fofão sairia na primeira página. A pior das estórias é de uma garota que quando olhou para ele pela primeira vez, obviamente espantada, teve seus cabelos puxados pelo Fofão, que a xingou e humilhou. Fiquei sabendo também que ele bateu na empregada de uma moça, por achar que ela era garota de programa, e que uma vez ele foi fazer a animação de uma festa. Mas isso já soa estranho, porque o Fofão é bem mau-humorado, então poderia ser outra pessoa. Mas se assim fosse, existem dois Fofões? Existem muitas estórias, e é difícil conferir. Alguém tem coragem de entrevistá-lo? Eu não. Apesar de tudo, vale apena vê-lo de perto, sentir um medo quase extinto de coisas estranhas, presenciar uma lenda urbana e torcer pra ter uma boa estória pra contar. Não é todo dia que vemos um Fofão.
P.s: Para aqueles que ainda não se contentaram com esses relatos, achei mais informações sobre o Fofão na comunidade: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=117641

11 comentários:

Ericka Rocha disse...

O Fofão nos atormentou essa semana!!! Huahuahuahuahahuah... Má, ficou mto bom esse texto,acredito que ele está serivindo,inlcuive,como utilidade pública!! Se todas essas histórias forem verdadeiras, além da violência absurda dessa cidade temos que nos preocupar com mais essa lenda urbana! huahuahuahuahuahua...

Bjão xuxu!

Silvia Song disse...

O cara é realmente assustador, mas sabe...também é humano, né?!
Acho que valeria uma entrevista, mesmo que fosse pra sair correndo quando avançasse pra cima de você!hehehe...era só ir com um tênis ou um sapato BEM confortável pra correr.
Gostei do texto, Má!
Beijo!

Guilherme Gurgel Prado disse...

to loco pra ver ele!
sou estudante de administração na FGV e considero a região do fofão próxima à minha regiao de estudo. mas que nem diz o texto, quero ve-lo e não encara-lo!
afinal soh sentindo na pele o medo para entender tudo!

Sabrina Machado disse...

"Superstar no Notícias Populares"

Boa Marina, mas quero entrevistá-lo viu...

acho q vou fazer uma gravação pra aula do vandeco...huahuahuahua

bjos

Alberto Pereira Jr. disse...

o "FOFÃO" ta sempre na av. Paulista com a Brigadeiro.. pedindo nos faróis... medo dele mesmo.. medo e um misto de pena.. pois ele não deve ser feliz causando assombro nas pessoas..

a marina.. traveco não é profissão..

beijo

Vitor Molina disse...

Hhaahha!
Eu acho que já vi esse fofão lá perto do mackenzie. É um ser andrógeno que anda com um outro ser humano(ou quase) que parece uma boneca inflável-destruída por sinal.

Sei lá se gostaria de enfrentá-lo, ou melhor, entrevistá-lo. Mas a gente pode se arriscar um dia. Que tal?!
Imagina se ele for surpreedente assim como a sua carapaça?!

Legal Marina, escreva mais coisas assim. Adoro!

Beijao

Luiz Candreva disse...

Má, apesar do profissão de traveco que vc soltou que, não só me soa estranho, mas me remete à dúvida, no sentido de que ser um traveco por sí só imputa determinada profissão? Fora isso, que cisa medonha, passo quase todos os dias na Caio Prado e torço para não me deparar com tal figura, se já o vi, apaguei de minha memória tal imagem repugnante em forma de gente. Coragem e vamos entrevistá-lo!!! hahaha ..
Ps: adorei a menção ao HOje e ontem, depois me ajude no meu ok, beijoicas

Alberto Pereira Jr. disse...

marina, travesti não é profissão mesmo.. muitos (não podemos dizer todos) se prostituem para ganhar a vida.. sim.. isso é fato.. mas esse gênero é uma condição (detesto a palavra opção) sexual, questão de gênero, assim como o gay é gay.. o hetero é hetero...

prostituição pode ser encarado como profissão e de fato é em muitos lugares... mas não se deve confundir travestismo com prostituição é uma associação preconceituosa..

ps: vou arrumar o nome do seu blog na minha listinha..

beijaoo

marcos cruzo disse...

Nossa quanto preconceito!!
Vc não é tão incrível assim!
Acorda, vc não pensa demais e sim fala demais!
Fala besteira é claro, em q século vc vive?

marcos cruzo disse...

O q me causa assombro é essa ignorância nazista.

Anônimo disse...

Eu conheço ele, o nome dele é Ricardo é uma pessoa inteligentissima, se apresenta todods os dias em farois para se sustentar, a aparencia dele é totalmente despercebida qdo vc o conhece. É sim uma pessoa muito sofrida, porém ta ai tentando lutar todo dia pra sobreviver a sociedade implacavel.
Eu onde encontra-lo todos os dias sem ser nas ruas, sei onde dorme, onde pode ter o minimo de cuidado pessoal, e ele conta com pessoas que nao tem medo dele.
A unica coisa que ele nao adimite é ser zombado, ele reage de forma surpresa, mas no fundo com toda razão.
Grande abraço a todos.