domingo, 17 de dezembro de 2006

Preterito perfeito

Lá está o presente, na sua frente, representando a realidade. E porque somos mais suscetíveis a um passado que não existe mais? Porquê ele parece mais forte, mais pesado, mas válido, se ele nem existe mais? Imaginamos as lembranças da outra pessoa, deixamos a livre imaginação influir nos sentimentos e de repente, lá está aquele passado misterioso, que por nós nem foi vivido, machucando corações com um ciúmes bobo. Talvez porque não podemos nos defender contra o passado, não podemos influenciá-lo da mesma maneira que somos influenciados. Mas além de refletir sobre o assunto, não há o quê fazer. Afinal, nada daquilo existe mais e suas conseqüencias também não deixam de ser o qué são; apenas ciúmes bobos.

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