A outra riqueza das Ilhas Cayman

De volta à realidade, tenho flashbacks do mar azul turquesa, e fico lembrando, no meio da confusão do trânsito, o silêncio do fundo do mar.
Fazia um tempinho que eu não mergulhava de cilindro e foi sò dessa vez que me dei conta o quão rara é essa experiência. Pois a vida ultimamente tem muito pouco silêncio e desde o momento em que o colete é desinflado e vamos afundando rapidamente com um delicioso frio na barriga, tudo o que ouvimos é a nossa pròpria respiração, subindo em bolhas. Mesmo nas férias nossa concetração é rara e passageira, pois jà nos programamos a fazer muitas coisas ao mesmo tempo. Então, no meio do azul os pensamentos fluem e acontece o milagre da contemplação da beleza natural. Quanto tempo realmente dedicamos a isso? Mas là estão todos os corais exòticos, um cardume de peixes, muitos cardumes de muitos peixes coloridos, grandes e pequenos, todos desfilando à sua frente. Là està uma tartaruga, e quando numa caverna, està um tubarão, a adrenalina vem com uma admiração por aquele animal tão assustador e tão bonito.
Os 35 minutos passam num piscar de olhos, e subir à superficie é quase como acordar de um sonho. Num piscar de olhos, é também o tempo que dà pra lembrar, no trânsito da cidade. Carros assustam mais que tubarões.