terça-feira, 13 de maio de 2008

Calendários Mentais


O homem vive em função das datas e elas fazem parte da cultura e ajudam o homem a se organizar, a fazer sentido. Temos as datas clássicas que já vem impressas no calendário os dia das mães, o natal, e os aniversários, e aquelas, como aniversário de namoro, morte, e qualquer outra data que se organiza num calendário mental.

Pensar e guardar datas já está tão enraizado que é difícil fugir disso, e sempre tem algumas datas das quais queremos fugir, dias que dá vontade de fazer desaparecer como 29 de fevereiro em ano não bissexto.

As minhas datas favoritas costumavam ser aniversários. Adorava acordar, dormir, festejar, respirar no meu aniversário, pois tudo ganhava um ar especial. Mas as coisas mudaram. Datas do calendário mental invadiram minha agenda, e esse ano eu queria pular meu aniversário. Ele se tornou um assunto delicado, que delicadamente tento evitar pra não parecer que é um drama. Mas a verdade é que no meu aniversário queria ir pra longe, bem longe. Porque não consigo lembrar de nada que vá me fazer esquecer, que vá me fazer não pensar. Não quero passar o aniversário que eu mais queria fazer, sentindo aquela tristeza no fundo. Por mais que no dia-a-dia seja diferente, eu já tenha perdoado e esquecido, conforme os dias vão passando, essas dores e lembranças cruéis voltam. Como o espírito natalino com a chegada do natal. E como qualquer data no calendário, não há o que se possa fazer, ela vai estar sempre ali.

Um comentário:

Giulliana disse...

Ela vai estar sempre alí.

Mas o sentimento sobre esse dia naum precisa estar sempre alí.

Pensa nisso, Ma. Tem pessoas, como eu, q adorariam poder passar seu aniversario com vc e festejar mto.

Gros bisous!