sábado, 31 de outubro de 2009

A morte ou pensamentos típicos de Halloween e Finados

Desde pequena tenho medo de espíritos, almas, assombrações ou seja o nome que for. Em algumas noites ouço barulhos, vozes, passos e vultos que me perturbam Eu não hesito em acender o abajur, não sem sentir um certo medo de sentir uma mão do além no caminho dos dedos até o interruptor.
Por mais que pareça, meu medo não é irracional. Eu acredito que não somos apenas um corpo ligado no on, e que a morte é o off. A morte não me parece o fim. A parte irracional, é imaginar que alguma enteidade queira deliberadamente fazer mal. E então, eu me pergunto: de onde vem essa imagem?
Nas últimas semanas aprendi muito sobre o Dia dos Mortos no México, data em que os mortos são recebidos pelos vivos com festa, suas comidas e coisas preferidas. Essa tradição mais antiga que os Astecas enxerga a morte apenas como uma passagem para outra vida, e ela deve ser festejada.
Na nossa civilização, que em grande parte é derivada da cultura européia, a morte é um tabu. As pessoas tem dificuldade em aceitar que um dia vão morrer, e que os outros também (quer prova maior que isso do que o medo de envelhecer das pessoas, que fazem mil plásticas para parecerem sempre jovens?). O assunto morte é sempre mal visto e deve ser evitado. Por isso, ao imaginar o desconhecido, este pode parecer mais assustador do que é.
Eu não duvido que em países como o México a morte também seja temida. Mas quando você lida com isso, é mais fácil de superar. É inevitável, todos vamos morrer, e a gente sabe disso desde que nasce. Mas preferimos ignorar isso e na hora de enfrentar a morte, fica mais complicado. O pior é que, se reconhecermos a finitude da vida, conseguimos aproveitar o efêmero e dar valor à vida. Quem sabe se conseguíssemos reconhecer que vamos sim, morrer, um dia, percebessemos que virar um espírito não é uma má idéia, já uqe, de certa forma, é uma maneira de viver eternamente. E se você fosse um espírito, você teria muito mais o que fazer do que assombrar os outros.