sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Pesadelos

Acordo sem nenhum edredon na cama, quase chorando. Meu sono profundo não me impede de esquecer do sofrimento, nem de sentir o medo que agora faz parte de cada hemoglobina.
O sonho cruel é recorrente: se refere a traumas do passado, que tentam me prevenir de situações no futuro. Já faz muito tempo que aqueles situaçõea saíram do meu presnte, mas quando acordo, aquilo tudo é tão vivo, que mesmo depois de horas longe da cama, me comporto como se tudo aquilo tivesse acabado de acontecer, ou pior, fosse uma premonição. É difícil perceber que não foi um pesadelo e sim uma lembrança da realidade. É muito mais fácil ter pesadelos com os meus medos surreais, como aqueles em que eu sou ameaçada por tubarões ou levada por extraterrestres.
Tenho certeza que, em muitas noites, esses sonhos não chegam à memória, e eu consigo acordar em paz. Mas em outras, passo o dia à tentar superar uma dor que eu achava já ter sido superada. Não sei como lidar com isso, só que enquanto o dia passa, recoloco os fatos e os medos em suas devidas datas.
A noite se aproxima e meus olhos cedem à lei da gravidade. É assim que, em alguns dias, começa o ciclo vicioso: sinto medo de sonhar com todo aquele terror psicológico mais uma vez, e com o medo os pesadelos vêm com hora marcada, como uma consulta no cardiologista. Quem diria que todo aquele sonho de anos atrás, se transformaria em pesadelos, tanto tempo depois?

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