sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A culpa é dela

Não são somente as palavras em uma música que tem aquele poder de nos fazer sentir compreendidos. Os instrumentos musicais e a melodia criada às vezes liberam emoções que nem sabíamos que estávamos sentindo. O fator “ao vivo” também pode contribui ainda mais para que a música dialogue com o nosso lado musical.

Já tinha ouvido as músicas de Regina Spektor e não achei que elas iriam me afetar, apesar de eu entender exatamente do que suas letras se tratavam, e adorar o piano e o cello. O que eu não sabia é que aqueles sons sabiam mais do que eu sentia do que eu. Os minutos se passavam, a água começou a subir até o topo dos olhos e todos os meus sentimentos, que eu fiz questão de esconder de mim mesma, foram escancarados um a um.

O que fazer se nem a gente entende o que está sentindo? Como medicar uma dor misteriosa? Como resolver um problema, sem saber o que deu errado?

Em shows assim, importante ter uma grande amiga, principlamente aquelas raras, raríssimas, que te entendam sem que você tenha que falar. Daquelas que, ao mal olhar para o lado, te abrace bem forte. Foi o que me acalmou

Não conhecia esse poder dos shows sobre mim e é um tanto emocionante, mas confesso que estou com um pouco de raiva da Regina Spektor, por me fazer sentir o que eu achava não sentir mais. E sim, vou culpar essa russa e seu piano maldito por toda a minha confusão sentimental que eu venha sentir a partir de agora.

A emoção contagiou todo mundo,

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