quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Epidemia

Talvez seja meu olhar seletivo, mas desde que me apaixonei, tenho observado quase um surto de paixão à minha volta. Esse post é bem clichê, mesmo. Aliás, ao falar de amor, é um risco que se corre. Mas é quase como se fosse uma pequena epidemia, em que de repente pessoas que tem tudo a ver passam a se enxergar e a se encantar umas pelas outras. Em menos de dois meses, ouvi e vi pelo menos uns cinco casos incuráveis.É claro que também vi separações dolorosas, porém parece que as pessoas estão deixando o que não funciona mais, para começar algo novo. E então, não pude deixar de refletir se o amor não é contagiante.

Eu, que tinha um certo preconceito a casais em público, me peguei em uma cena muito interessante, dia desses, que talvez comprove minha teoria: Sentada de frente ao meu namorado em um restaurante, comecei a me sentir incomodada com a distância da mesa. Sem eu nada dizer, sou comunicada que ele iria se levantar e me dar um beijo e foi o que ele fez. E então, em menos de 10 minutos, o cara da mesa do lado, um chato, diga-se de passagem, fez a mesma coisa na mulher dele.

O amor é contagiante? Eu realmente não sei. Mas suspeito que, ao ver uma situação de harmonia, em que duas pessoas estão felizes e em sintonia, começamos a desejar o mesmo e talvez, ficar mais abertos. A olhar para aquela menina que apareceu sem querer na sua festa de aniversário, ou para aquele menino que você achava mais novo mas descobriu que era muito mais maduro que os de 27, a ver o que tem além dos cabelos loiros daquele alemão na Martinica, se apaixonar por aquele gatinho que não está exatamente no momento profissional ideal e é claro, se deixar conhecer por um cara que você jurava que não era seu tipo, até você descobrir que ele é.

Quem não quer algo além do desejo, uma pessoa que entende suas piadas e não reprime suas lágrimas? Se é uma epidemia ou não, ficaremos sem saber. Mas não custa avisar que, pelo jeito, o amor está no ar.

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