O dia dos Figados Despedaçados

Se alguém perguntasse o que é uma ressaca, eu explicaria como aluns jà nao aguentam mais me ouvir dizer: é sentir seu figado despedaçado. Domingos são dias da semana para a ressaca, e assim também o feriado de 1°de janeiro. Mas justo no dia em que os dois dias oficiais da ressaca se coincidiram, o meu figado não de despedaçou. Bom, se despedaçou depois da ultima noite do ano... Nada de mais, "é a marvada, minha filha"", diria meu pai. Por mais cruel que seja, essa foi a melhor ressaca da minha vida. O figado despedaçado não quis dizer que o mesmo acontecia com o coração, meio triste, acordando mais uma manhã sozinha. Interessante. A noite do 31 começou, nenhuma roupa branca substitui um reveillon no Brasil. Foi compeltamente diferente. Foi màgico sem fogos, com frio e uma certa quietude e bom comportamento das multidão. No começo foi estranho, mas sò é estranho aquilo com o qual não estamos acostumados, e eu não estava acostumada em viver um reveillon màgico sem levar em conta os fatores externos. E como não ser màgico sair correndo pelas ruas de Paris, ter a place Vendome praticamente sua, ceiar as 4 da manha, ir dormir as 7:30 ainda ser ver o sol nascer, acordar as 5 ainda não ver o sol e isso não fazer a menor diferença, que as pessoas ao seu redor jà são pequenos sòis, iluminadas e te iluminando? Seis da tarde, dia tres de janeiro, breu la fora e nessa cabecinha que teme o futuro de 200-... Da distancia que aproxima, dos possiveis figados ou outros orgaos que possam de despedaçar. Do limite tenue entre dor gostosa e a dilacerante da saudades. Saudades do Brasil , alias. Mas meu coração tà aqui. Ou figado, como diziam os gregos, para o rgao das paixões.