sexta-feira, 6 de outubro de 2006

O sertão é do tamanho do mundo


Tentando fugir do amor e da saudade, fui me esconder no sertão.
Menina do mar, alma do sertão.
Mas se o sertão já foi mar e o mar já foi sertão esses opostos são iguais,
é só mudar a ordem.Mas mire e veja
Continuo andando, longe de tudo,
no mei do sertão e nessa realidade que nem é a minha,
encontro aquelas palavras que você dizia,
que eu dizia mas você dizia bem melhor...
"o que a vida quer da gente é coragem"
Palavras, escondidas no meio de um parágrafo.
Palavras mágicas que me levaram de volta.
E agora? E agora que as páginas anteriores já diziam:
"Para amor e ódio que dói, amanhã não é consolo."
Pois amanhã não é consolo, eu queria te gritar isso na hora, no meio do ônibus.
Pois para quem te quer agora amanhã não é consolo,
porque pra esse amor que dói, ouvir que "amanhã é outro dia" não é consolo.
Pois pro desespero da saudade, o colo que eu desejo pra me consolar da saudade
é aquele que me causa saudade.
"As tristezas ao redor de nós, como quando carrega para toda chuva.
Eu podia pôr os braços na testa,ficar assim, lôrpa, sem encaminhamento nenhum.
Que é que queria? Não quis o que estava no ar; para isso,
mandei vir uma idéia de mais longe".
Tem jeito, não. Já basta de tristezas.
Continuo a minha fuga pelo sertão

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