Kia Ora
Acordar com o sol nascendo pelo mar, antes que o mundo inteiro, não era um problema. Praia deserta, cavalos na praia, ågua azul e surfistas no mar o dia inteiro. Essa era a minha casa, a minha vista, durante 6 meses, há três anos e meio atrás, em Wainui Beach, Gisborne, New Zealand. Morava com uma irmã menor e uma hostmom, que era como uma irmã mais velha e cozinhava as exóticas comidas das ilhas asiáticas. No verão pedalava até a escola. As pessoas eram loucas e me encaixei pefeitamente com aquelas pessoas incríveis, animadas,engraçadas, receptivas, inteligentes mesmo fumando muita maconha e que achavam que viviam no fim do mundo e não entendiam porque eu fui para terra do primeiro nascer do sol do mundo, a terra da neve com praia, da floresta tropical com geleiras, dos esprotes radicais na fuga do tédio, naquela terra onde aprendi a beber até cair. Grandes amigos, uma decepção amorosa, festas, tudo num dos lugares mais especiais. E onde comecei a acreditar na beleza interior, ou pelo menos num lugar onde a neurose com a imagem não é prioridade, já que mesmo depois de engordar pela homesickness, pela ansiedade do novo e pela quantidade de comidas gostosas, estranhamente continuavam a me achar linda. Foi fácil me adaptar e difícil me adaptar a qualquer outra realidade que não aquela. Seis meses depois, partia num pequeno avião de onde via todas as pessoas amadas chorarem e me acenarem pela janelinha. Fiquei duas semanas na Austrália, onde mais contribui para o aumento do nível das águas salgadas. Aqeula beleza não era tão grande quanto aquela que conheci. Voltei pra um país tropical frio, tendo que esutdar pra um vestibular de nem importa, achando um absurdo não poder ter ficado seis meses, com pais e amigos que não entendiam porque eu não sentia falta deles ou de nada. Percebi que só consegui a voltar a uma vida relativamente normal ( e nada feliz) quando bloqueei essas lembranças, escondi fotos, mudei de rotina, cortei o contato constante.O nível de felicidade, tanto tempo depois, já voltou ao normal, percebi porque guardo com um segredo meu paraíso a 23 horas de avião, percebi que essa ferida ainda dói Não perdi o contato com as pessoas mais queridas, e ultimamente elas aparecem nos meus sonhos, contra qualquer tentativa de bloqueio do passado. Algumas delas chegam em dezembro. Não é sonho.
Um comentário:
Algumas delas ou ele???
Mas eu axo q toh trocando as bolas...pq ele eh da França, neh não???
Nem sabia q vc tinha ido pra Austrália, essas memórias realmente foram reprimidas! Inveja boa nesse momento. E fome! Toh no trabalho e não tomei café!
Te amo Marinuxaaa uxa! Te ligarei nas férias para fazermos algo!!!
Bjoks!
Postar um comentário