Pelas barbas do profeta! Motocross na praia, a tartaruga e a lebre, ou que absurdo!
Domingo - Depois de uma hora numa trilha em que consiste em subir, subir, subir, subir, perder o fôlego e a força das pernas e descer, descer, chega-se na semi-deserta Praia Brava. Dia de Sol e um mar excepcionalmente não tão bravo assim. Enquanto descansava na sombra de uma árvore, depois do banho de mar, comecei a ouvir um barulho infernal. Era uma mistura de quéquéqué de um pato tagarela com um zunido de marimbondo. Abro os olhos e eis que surge uma moto que fica andando de um lado pro outro, soltando um cheiro de São Paulo. Porquê, dentro da lista de inúmeras Praias Bravas do litoral brasileiro, 20 homens resolveram fazer motocross justo naquela? Aliás, dentro de uma lista enorme de praias já poluídas, porque trazer sujeira, visual, olfativa e sonora para um lugar que as pessoas vão justamente quando querem fugir de tudo isso?
Eu não fui a única indignada, mas ninguém falou nada. Achei que motocross era uma atividade de pessoas ao menos pseudo-ambientalistas. Até que ponto vai a liberdade de de alguém numa sociedade liberal? Numa sociedade democrática, pode-se fazer o quê quiser desde que não desrespeite o espaço do outro. O público não é o espaço de ninguém, e sim o espaco de todos. Mas ninguém reclamou. Talvez porque é difícil falar com o baruhlo de uma moto em velocidade e obviamente, é difícil alcançá-la. No caminho de volta porém, o poder da mente deve ter feito com que mais de uma moto quebrasse por muito tempo. E nnao houve hipocrisia nenhuma que segurasse alguns comentários ácidos deliciosamente engolidos pelos motoqueiros de plantão. Um tentou responder, constrangido: "é mais rápido". Pobres homens, deveriam saber mais, pois assim como ensinou La Fontaine para as crianças no con to "A Tartaruga e a Lebre", devagar se vai ao longe, terminei a trilha primeiro.
Gostaria de deixar claro que apesar de também me irritar com motoboys, nnao tenho nada contra o meio de transporte chamado Moto. Desde que não azucrine a vida alheia.
O que você falaria nesse tipo de situação? Vote na enquete!
3 comentários:
é minha nega, nem me lembre esse episodio tão perturbante e irritanta que foi esse. Foi horrivel mesmo ver aqueles homens sem o minimo respeito,
primeiro a nos por estarem dividinho aquela praia com nosco e segundo pela rara beleza daquele pedacinho de paraiso ainda restante em terra.
mas legal foi a volta da trilha, ver aqueles barbaros todos esperando por um bem feito azarado que quebrou a moto e so foi conseguir finalizar a trilha quatro horas depois.
beijos meu amor
Eh incrivel como a mesma experiencia pode ter aspectos tao diferentes!!Qd eu fui na Brava, nao fui tao esperta como vc, fui pelo mar, e claro, afogeui.Afogeui feio, do tipo,quem sou eu, onde estou.E enquanto descansava embaixo de uma arvore
-possivelmente a mesma q vc- vi e ouvi uns "motocrossers". Mas, a minha reacao foi de muita, mas muita felicidade!!Afinal, ate entao eu achava q nao ia conseguir voltar a nado, ou "a afogamento", e teria q viver como naufraga para sempre.Mas nao. Tinha uma trilha!!!E assim eu tive um final feliz. Fiz a trilha e admirei a vista irada lah de cima do morro.
Hahahaha eu já sou totalmente contra motos, mas contanto que elas fiquem no lugar delas, posso abrir uma concessão e não reclamar, rs!
Mal humorada, não?
Beijos, Mááááá! =**
Postar um comentário