The Elephant in the Room
A expressão em inglês "o elefante na sala" expressa bem a situação de quando há um assunto no ar que ninguém pode falar sobre. O grande elefante fica lá mas todos fingem que não vêem, e é um incômodo.
Esse Papa aqui é exatamente esse tipo de incômodo. Ele atrapalha o trânsito, as pessoas batem palmas ao ouvi-lo querer retornar à Idade Média. Os ditados populares dizem mais que a Igreja, e não adianta chorar sobre o leite derramado, a Idade Média não têm volta, e se você não quer fiéis "promíscuos", azar o seu. O Papa parece querer um catolicismo de titias, pois hoje em dia ninguém vai esperar para fazer sexo depois do casamento. Não é promiscuidade, é maneira que a sociedade evoluiu. A religião não dita mais as regras e se Papa quer que além disso seus fiéis não usem camisinha e espera obediência, a religião católica terá muitos aidéticos, meninas grávidas antes do casamento, ou titias que morrerão solteiras.
Respeito todas as religiões, mas sempre parece chegar uma instituicão e ganhar dinheiro em cima de uma crença. Isso é um absurdo, é um absurdo meros homens quererem domar as leis da natureza, porque as leis da natureza seriam as leis de Deus( se existe algum). Não posso aceitar uma instituição que degrade a imagem da mulher e à faça culpada de tudo e de todos. Não posso aceitar uma instituição que faz de um lugar construído por homens ser mais sagrado que um lugar da natureza, feito por deus caso exista um. Não posso aceitar uma instituição que ao invés de se preocupar com a destruição do mundo, as guerras, a corrupção, a fome, fique se preocupando com questões tão pequenas quando o fim do homem parece próximo.
E por fim não posso aceitar uma instituição que se faça maior que a crença que ela representa. Pronto, falei e agora vai embora elefante!
foto do artista inglês Bansky. Para saber mais: Leia a matéria e veja mais fotos no site da New Yorker
9 comentários:
adorei a foto..
muito boa mesmo..
e parece que esse ano o trânsito de são paulo ainda vai sofrer muito por causa das "figuras importantes" que circularão por aqui..
É complicado discutir os conceitos das religiões. Nós homens evoluímos nas questões da moral e em nossos valores. As religiões (mesmo sendo criações do homem) tem valores muito arraigados e fechados.
Sou católico, mas faço uma leitura muito mais aberta e branda das coisas que a minha religião diz e dita. Entendo o papel conservador do Papa, mesmo que soe medieval hoje em dia. MAs não concordo.
adorei seu desabafo..
tambem me deixa indignado toda essa historia...eu não engulo toda essa papa, muito menos essa!
marina querida,saudades...esta melhor agora? fiquei sabendo q vc se acidentou, Agora sei q esta bem.Adorei o q escreveu sobre o papa...vc é uma otima escritora..realmente esta na profissão certa...incrivel...e sobre o paulo coelho tambem...q engraçado..ontem mesmo estavamos falando o quanto meu avô não gostave dele...hihi...eu também não gosto do seu bla,bla,bla
enfim linda, quero q fique bem..ve se aparece....beijos curadores...
luana..
Obrigado pelos elogios, seu blog também é ótimo, beijos, tchau!
Oi Marina!
Prazer em conhecer seu blog!
Hoje mesmo eu estava conversando com amigos sobre a passagem do papa e o monte de hipocrisias sobre nossa sociedade e o que é considerado certo e errado!
Eu não julgo as crenças e culturas de ninguem... eu respeito... mas não aceito!
Bem... da próxima vez que vc passar lá no meu blog prometo que as letras estarão maiores!!!
hehehe
beijos
dri_nk :)
Fico triste ao ver que alguns homens conrrompem as religiões, e todas as religiões( cristãs ou não), porque na essência elas são boas. E existem outros (homens) que buscam segui-las, não pelo dinheiro ou status,mas pelo que elas pregam, pelos princípios, pela noção de amor ao próximo, amor à criação...
E isso, esse sentimento de alguns, nem Papa, nem Estavão Ernandes podem apagar. Os fiéis, os realmente fiéis buscam seguir preceitos de boa conduta ensinados por elas, e muitas vezes esse "seguir" faz a gente dizer "esse é um bom homem".
Ta, não precisamos da religião pra sermos "bons", mas ela ajuda (e muito), não pelo controle, mas pela fé, e é essa mesma fé que faz com que ainda tenhamos esperança nesse mundo que parece estar cada vez pior, ou simplesmente acabando.
Ixi, escrevi d+...me empolguei...hehe
Adoro seu blog Marina!!!
Bjos
Concordo plenamente c vc Má.
Sempre digo a mim msm q só seria capaz de seguir uma religião se concordasse c td q ela pregava. Até agora não encontrei nenhuma q se encaixasse nessa condição. E olha q eu já conheci mtas religiões.
A minha religião é o Clarissismo: eu e Deus!
Bjaoo Má
Olha, não sou religiosa mas uma coisa posso afirmar, a existência de uma força superior, que aparece em horas inusitadas pra te surpreender e se questionar: "Se não é Deus, o que, ou quem é?". Uma prova disso foi quando minha filhinha, de 1 ano e 8 meses, hoje, mas o ocorrido foi em Março, acho... Achávamos que ela estava dormindo já, meu pai a colocou no berço e eu aqui, fazendo um trabalho da minha mãe e de repente: boomm! Eu, minha mãe e pai saímos correndo. Ela estava no chão, tentou sair do berço e o mesmo é antigo, portanto, alto. Não é desses fininhos e pequeninos das Casas Bahia, é estilo americano (doado, claro). Gente, quase tive um troço, mas ela ficou bem, nem desmaiou! Cara, a altura do negócio, o barulho que fez, achei que no mínimo ela desmaiaria. Por sorte não. E aí ficou claro pra mim a existência de uma força e como não tenho provas contras, sigo acreditando que seja Deus, embora acredite em uma junção de forças possíveis: a bruxaria tem as leis da natureza como guia, e eu acredito que a mesma possa se rebelar sim, contra os atos humanitários, ou desumanitários. Entre outras influências.
Mas quanto ao Papa, confesso que em minha vida nada mudou, por estar em uma região que não sofreu prejudícios por sua causa, já minha amiga mora no Pacaembú. Me questionei até se sou pecadora, por não ficar emocionada, enquanto pessoas até choram! Meu pai disse que não, eu ainda não sei. O duro da igreja é isso, ou melhor, de leigos como eu, que acreditam e duvidam ao mesmo tempo, de tudo, mas ela me faz sentir pecadora. Nunca pensei em sexo depois do casamento, pois relação sexual é coisa séria, se não for pra frente - pelo menos hj em dia -, não há vida conjugal! E vc vai testar só depois de toda a cerimônia?? Vai ser infeliz pro resto da vida pq manteve relações com um cara, q depois vc descobre que não tem a verdadeira química contigo? Nunca acreditei nisso, não acho que faça a diferença, e acho uma burrice a igreja apoiar o não uso da camisinha. Embora eu tenha uma filhinha, eu sempre usei a mesma, sempre! A minha primeira relação com o pai dela -pai, não marido meu- não existiu antes por estarmos sem uma. Porém, num descúido de uma vez que não usamos, veio a baby. Acredite se quiser, e quem quiser. Ela é linda, não tem nem explicação pro que sinto e sou melhor com ela, pois me sinto menos sozinha e mais razões para lutar. Mas não preciso estar casada com o pai dela pra isso, até pq tentamos namorar, mas nem isso deu certo. As diferenças começaram a surgir feito gremmlings, sabe??
Bem, coitada, nem me conhece e eu aqui dizendo tudo isso, mas seu post me fez pensar em tudo isso, e quando vc diz sobre o Papa, a ilusão de querer voltar a qqer era, idade média, querer reviver a tropicália, não dá certo, pois os Caetanos, Gils e Chicos são diferentes hj, e não existem mais. Uma obra prima legítima, não sai igual, embora parecida.
Gostei da forma como escreve e pretendo voltar.
Se quiser Publiteclar, fique à vontade. Não precisa-se ser publicitário pra falar sobre o meio, pois trato da política que o envolve tb, exposta de uma certa forma à todos que quiserem.
Bjs
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