Tá difícil!

Foi em Paris, mais uma vez. Era verão e aquela menina virou um vício. Tem amizades que são meio assim, amor à primeira vista e o que você vai fazer? Voltei no inverno e ela estava lá, infestando infestando Marais inteiro com aquele cheirinho tão único que trazia imediatamente conforto, felicidade e um sorriso instantâneo. Garrafas de vinho, Heineken e até gizes de cera contribuíran e naquelas tardes e noites frias, a gente ia rindo, curtindo e se viciando em uma companhia que se tornou tão essencial e tem o poder de fazer qualquer coisinha diversão da vez. Naquele dia foi a neve, e a neve foi uma piada, e a lembrança da piada era, por sua vez o motivo da felicidade. No outro dia foi achar graça na qualidade lúdica da areia do jardim gelado de um museu.
O tempo passou e outros dias vieram, outros momentos vieram. O inverno gelado e divertido, o verão de antes, derretaeram em boas lembranças. Saudades. Preciso de doses cavalares de Alice. E São Paulo estraga tudo com essa correria. Quarta ela volta para o Rio e mais uma vez, morando no mesmo país, vivemos situações de desencontro absurdas. A vida é assim. Fazer o que se ela faz a vida ter um pouquinho mais de sentido, desde que descobri que ela existe? Não é mesmo?