Para as dores que não cabem em palavras

Em algum momento, todas pessoas sofrem a dor de amor, e se ela não doesse tanto, isso seria quase um cliché. Mas não é o caso, e é algo tão complexo que, apesar de todo mudo ter passado por isso, ninguém consegue explicá-la. A mistura de tristeza, decepção, alívio, ou não, fim de mundo, definem? Se você realmente acha isso, é porque não sentiu, porque essas palavras não chegam nem perto do abismo infinito de sentimentos, sensações e pensamentos em que o ser humano mergulha.
Só que é necessário expressar essa dor, para lidar com ela, superá-la e vivê-la. E como eu só sei escrever, não sei desenhar, cantar ou tocar nada, costumo me identificar com músicas, sons e até livros, que às vezes dizem exatamente o que eu estava sentindo, e fico aliviada que alguém achou palavras que explicassem ao menos um grãozinho do meu abismo. Foi o caso com músicas de Carole King, The Mamas and The Papas, Beatles, Rolling Stones. É mentira que para entender essas músicas é preciso tomar um lsd, porque a verdade é que tudo faz sentido depois de ter o coração partido. Com as músicas atuais, o atual caso de vício é a que vocês conferem abaixo, do The Whitest Boy Alive. Ela se chama Golden Cage e é linda. Aproveitem o videoclipe psicodélico, que ensina sobre formas geométricas e ilusões de ótima. A letra vai depois. Quem sabe assim você também captem um pouco como é são as minhas sensações.

So you no longer care if there's another day
I guess I have been there, I guess I am there now
You knew what you wanted and you fought so hard
Just to find yourself sitting in a golden cage
In a golden cage
So of course I miss you and miss you bad
But I also felt this way when I was still with you
Yes of course I miss you and miss you bad
But I also felt this way when I was still with you

This city's no longer mine
There's sadness written on every corner
Each lover was made to sign
Now I hear them calling me over and over