Escondendo a raiz do problema
Não quero falar sobre aquilo que passa na minha cabeça. Na verdade, eu gostaria que nada disso nem passasse por ela. Mas como uma pequena obssessão, eu não penso em outra coisa, como se um sentimento tivesse alagado o resto do cérebro, num derrame figurativo.
Não quero falar sobre aquilo que passa na minha cabeça, mas eu sou péssima em disfarçar, em ficar quieta e ao menor sinal, já estou conversando com estranhos, tirando dúvidas e dando risadas, anotando tudo à lápis, e fazendo contas mentais.
Eu realmente não quero falar, não quero pensar, mas também não quero fazer nada o dia inteiro, e no meio da leitura, percebo que as palavras se esvaziaram e as dúvidas voltaram a ocupar um lugar entre minhas sobrancelhas.
Não quero falar sobre o que passa na minha cabeça, e sentar para escrever sobre qualquer outra coisa é um martírio. Minha vontade de desaparecer com essas preocupações são tantas, que eu sairia correndo agora, e desistir sem olhar pra trás. Mas a verdade é que terça-feira se aproxima e vou finalmente ter que admitir para mim mesma e para o mudno, que eu nada entendo de porcentagens e raízes. Dito isto, volto ao meu estado de tormenta. E haja borracha.
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