quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

Descoberta ontem distorção de valores na arte clàssica


Ganhei mais 2 dias pra ficar nessa terrinha, passarão em 2 minutos e ainda assim, um segundo a mais é um valor inestimàvel.
Ontem foi o primeiro dia sem a maravilhosa amiga Alice, que voltoou pro Rio. Engraçado sentir o bloqueio ao pensar em ligar pra ela e ir tomar vinho. é estranho, é o fim de um ciclo de uma época e isso é triste porque foram grandes momentos de alegria. Num tem problema, haverà mais momentos preciosissimos.
Passei a tarde no Louvre. Adentrei o labirinto pela famosa pirâmide de vidro. Minha preciosa coleção de moedas de 1 e 2 centîmes não foi aceita para pagar o meu ingresso. Qual é o valor do dinheiro? Aparentemente dinheiro também deve ter aparência, mesmo para aqueles que lidam com o valor inestimàvel do conhecimento e arte. Serà?
O valor inestimàvel do sarcòfago de Ramsées III para o Egito não é levado em conta. Nem suas mùmias, esfinges e até o livro dos mortos. A a arte greco-romana, mesopotâmica também nao pertecem aos seus templos? Se eu fosse um iraquiano por exemplo, amaldiçoaria-os port Alà por ter que ir até o Louvre para conhecer as raizes do seu povo. Leões gigantes pertecem à portas de templo. E como informação adicional, o museu sofre com falta de espaço e tem 30% de suas obras no porão. A resposta é qualquer um sabe: devolva o que não é seu.
Longe do Olimpo, pobre vênus de milo, que pode ser afrodite se os seus braços perdidos segurarem uma harpa, não pode nem se debater contra a multidão de idiotas que tiram fotos de obras de arte. A monalisa também sofre, mas ri com ironia daqueles que disseram perto de mim:"She's not a slim one". Acompanha seu olhar desprezando aqueles que acham que a arte sò està em representar os ideais de beleza.
O valor inestimàvel das obras de arte é nulo para quem se perde por aqueles corredores que pelo dinheiro, aguentam turistas que não entendem o sucesso da estàtua sem braços e o quadrinho de uma chata que fica encara e ri de todos sem ser La Belle du Jour.
Muitos aproveitam, mas a quantidade atrapalha uma admiração com qualidade.
A relatividade distorce atè os valores, um euro em moedas de 1 centimes não vale tanto quanto um Euro na sua moeda solitàaria que nem tilinta no moedeiro. Como permitir que os santos catòlicos dos quadros ouçam as reclamações dos mortais? Talvez seja esse o motivo da hipocrisia de silêncio em museus. Nem rir ou tilintar, nem dar ou devolver. Cada um que encha sua mão o màximo que puder, pois não hà mais sagrado, sò as crianças percebem o cheiro de formol da vida eterna de mumias mortas, que acordam da vida eterna num museu, sem sarcòfaco, sem poder descansar em paz. Ah, excuzez-moi, esqueci que a paz num vale mais nada.

4 comentários:

Anônimo disse...

Voce é muito comédia, como eu do risadas ao ler seu blog...valeu pelas risadas,
Tristan

Anônimo disse...

O bom da arte é que ela pode ser apreciada por todos e de todas as maneiras !
Só o fato de pessoas "ignorantes" visitarem museus já é um avanço na sua formação !
Você poderia pelo menos adotar a mesma frase de Jesus Cristo, para justificar estas hordas : Perdoai-os Pai, eles não sabem o que falam" !
Cicero

Anônimo disse...

Mon dieu, le Louvre...
vamos ter que passar o fim de semana no MASP prá ficarmos à sua altura...mas pensando bem,tá tanto calor e a Baleia nos espera,
maman

Anônimo disse...

Oi Marina, não sei se sei inserir meu comentário num blog, mas vamos lá tentar. Imaginar que através de seus lindo olhos há tanta realeza despertada me emociona. Sim, percebo esta visão da prisão da arte onde em um mundo pseudo moderno e igualitário cobra ingressos para vislumbrar com regras muito rígidas a produção da humanidade em parte furtada dela mesma. Realmente, usurpam os franceses e igleses nos últimos tempos desde a idade média dos tesouros que deveriam permanecer onde nós, a humanidade os criamos. Lembro-me do grande assalto ocorrido recentemente durante a invasão do iraque em Bagdá. Ahhh, by the rivers of Babilon... Grandes livros foram escritos pelo "povo do livro" em uma época resplandescente que se apagou até nos registros dos livros que contam a história. Sim Marina, mundo estranho este que permite a apenas à poucos privilegiados repartir a usurpação autofágica da humanidade. Beijinhos
Michel